Arte, imagens em rede e corpos políticos (2022.1)

ARTE, IMAGENS EM REDE E CORPOS POLÍTICOS: Introdução à pesquisa e inquietações iniciais

O estudo no Campo da Teoria da Arte

EXTREMIDADES DO VÍDEO

  • Pesquisa: 1999 – 2004
  • Publicações: 2008 e 2016

O estudo no Campo da Crítica de Arte

COLEÇÃO EXTREMIDADES

Pesquisa: 2015 – 2022

O estudo no Campo da História da Arte

Apontamentos futuros, em processo de viabilização: junto aos teóricos Sheila Cabo, Leila Danziger e Luiz Claudio da Costa e ao Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro na área de concentração Arte e Cultura Contemporânea na Linha de Pesquisa Arte, Imagem e Escrita.

  • Pesquisa Fase 1:  2021 – 2022 (previsão)
  • Pesquisa Fase 2: 2023 – 2024 (previsão)
  • Publicação: 2025 (previsão)

DOSSIÊS DE ARTISTAS

Mapeamento – Organização

Artistas|Contexto Histórico|Fase 1

  1. SÉCULOS 20-21
  1. SÉCULO 21 – ANOS 2000
  1. SÉCULO 21 – ANOS 2010 – 2020

A ideia da pesquisa é tratar as relações entre arte e sociedade a partir das imagens que circulam nas redes sociais, com enfoque nas políticas dos corpos e nas comunidades por elas agenciadas.

Tem como pressuposto a análise de práticas artísticas como as de @amultidao , @biarritzzz, @ex_miss_febem_/Aleta Valente , Antoni Abad, Cesar Baio, Daniel Lima, Denise Agassi, Gilbertto Prado, Giselle Beiguelman, Jota Mombaça, Lucas Bambozzi, Lorran Dias, Paula Garcia, Plataforma eXplode, que proporcionam uma leitura de ações coletivas realizadas com tecnologias nas primeiras décadas da internet como espaço social, da inteligência artificial e do capitalismo cognitivo, ou seja, entre os anos 1990 e 2020.

A partir dos modos como processos artísticos se articulam nas imagens em rede que regem a nossa temporalidade, o objetivo é proporcionar uma potência de mergulho nelas, tendo como ênfase o compromisso com os agenciamentos coletivos.

Se o capitalismo de vigilância (dada-dados, Big Data) e suas imagens em rede implementam o regime de visualidade algorítmica ao mesmo tempo que atuam fora da ética, produzindo fenômenos tanto como o rastreamento e o reconhecimento facial quanto as fakes news e o racismo algorítmico, a arte nas redes responde sob a forma de uma posição ética, diante do que é mais vulnerável e traumático, como o racismo, a xenofobia, as desigualdades sociais e a discriminação de gênero.

Comprometidas com a construção da diversidade, as práticas artísticas nas redes sociais tensionam o poder de performatividade de suas imagens (como capacidade de ver e analisar o mundo) tendo como princípio noções como pluralidade, dissidência, redes de afetos, contato e alteridade.

Significa problematizar:

  • Como o projeto de poder do capitalismo de vigilância por meio da performatividade das imagens em rede está presente nas práticas artísticas?
  • Como as práticas artísticas respondem a isso?
  • Como observamos a resistência por meio da ação coletiva de corpos políticos?

Para a análise de tais práticas artísticas, destacaremos a abordagem das extremidades como um jogo de leitura capaz de articular entre si questões relacionadas a:

  • Como desconstroem a perspectiva hegemônica das imagens em rede?
  • Como contaminam a partir da experiência de corpos implicados?
  • Como compartilham estados de co-presença?

O estudo busca refletir aspectos da Teoria da Arte, Crítica de Arte e História da Arte nas relações transdisciplinares existentes entre arte e sociedade a partir de diálogos com:

Milton Santos

“Por uma geografia das redes”

In “A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção”

(1996)

Eu chamo a globalização de globalitarismo porque estamos vivendo uma nova fase de totalitarismo. O sistema político utiliza os sistemas técnicos contemporâneos para produzir a atual globalização, conduzindo-nos para formas de relações econômicas implacáveis, que não aceitam discussão, que exigem obediência imediata, sem a qual os atores são expulsos da cena ou permanecem dependentes, como se fossem escravos de novo. Escravos de uma lógica sem a qual o sistema econômico não funciona. Que outra vez, por isso mesmo, acaba sendo um sistema político.” (1999)

É uma forma de totalitarismo muito forte, insidiosa, porque se baseia em ideias que aparecem como centrais à própria ideia de democracia – liberdade de opinião, de imprensa, tolerância – utilizadas exatamente para suprimir a possibilidade de conhecimento do que é o mundo, do que são os países, os lugares. Eu chamo isso de tirania da informação, que, associada à tirania do dinheiro, resulta no globalitarismo.” (1999)

Felix Guattari

“Micropolítica do fascismo”

(1974)

“O inconsciente maquínico e a revolução molecular”

(1981)

“Caosmose: um novo paradigma estético”

(1992)

Suely Rolnik

“O inconsciente colonial-capitalístico”

(2018)

Denise Ferreira da Silva

pensar com

o mundo implicado numa dada realidade” | “a exaustão da violência

corpos implicados

luz negra” – um conceito operacional, um instrumento poético feminista negro que revela as suturas e os limites da sociedade: “é uma violência que faz o visível possível”.

a teoria dos três descritores: “transubstancialidade”, “transversalidade” e “atravessabilidade” (como estados de transmutações, de repensar a partir do corpo)

Teorias críticas

Teorias de artistas

César Baio (“Máquinas de imagem”, 2015)

Cláudio Bueno (plataforma Explode!)

Daniel Lima

Denise Agassi

Gilbertto Prado

Giselle Beiguelman (“Políticas da imagem”, 2021)

Jota Mombaça (“Ñ Vão nos matar agora”, 2021)

Lucas Bambozzi

Paula Garcia