Cesar Baio

Site do artista:  cesarbaio.net

Site do coletivo Cesar & Lois: cesarandlois.org

Textos:

anpap 2020

unicamp.academia.edu/CesarBaio

Imagem: Instagram do artista

Cesar Baio é artista, professor e pesquisador. É artista-pesquisador visitante do i-DAT (Plymouth University | U.K.) e professor associado da Universidade de Campinas (UNICAMP) | Brasil. Com formação em eletrônica e estudos de mídia, seu interesse como artista e pesquisador está na relação entre arte, tecnologia e sociedade. Desenvolveu sua pesquisa de doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC / SP) com estágio de graduação no Arquivo Vilém Flusser da Universität der Künste de Berlim.

É autor do livro “Máquinas de imagem: arte, tecnologia e pós-virtualidade”, resultado de sua tese de doutorado onde analisa obras de arte experimentais, a maioria delas produzidas com tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada, vídeo interativo, sistemas cibernéticos e mídias locativas, assumindo uma perspectiva das teorias da arte e da mídia. Esta pesquisa teve como objetivo compreender como algumas dessas obras remodelam os modelos de representações e, ao fazê-lo, materializam formas de compreensão do mundo diferentes das consolidadas nas mídias tradicionais. Buscando demonstrar a heterogeneidade das sensibilidades implicadas nesses diferentes modos de existência e funcionamento da imagem, ele analisa essas obras a partir da “filosofia do aparato” de Vilém Flusser, a partir dos conceitos de performatividade, copresença e experiência incorporada.

A série de vídeos, fotos, instalações interativas e intervenções urbanas por ele produzidos questionam alguns aspectos políticos, éticos e cognitivos da inserção da tecnologia nas práticas culturais e estruturas de poder. A maior parte de seus projetos é baseada em procedimentos como engenharia reversa, ocupação de redes de informação e subversão dos dispositivos industriais, com o objetivo de revelar tensões na relação homem-máquina, estimular a participação criativa coletiva em plataformas digitais ou especular sobre formas alternativas de representação do mundo e para produzir realidade. Hoje desenvolve sua pesquisa artística junto a Lucy HG Solomon no coletivo Cesar & Lois.

Texto e Imagem: Site do artista (tradução livre)

Por Christine Mello

Sua pesquisa artística propõe uma investigação interdisciplinar envolvendo as áreas de artes, ciências da natureza e tecnologias da comunicação e informação. Tem como objetivo geral discutir as relações entre os sistemas informacionais mais recentes – baseados em processamento de dados em massa e em inteligência artificial –, os sistemas vivos que compõem o ecossistema planetário e os objetos simbólicos produzidos no campo da arte em especial. Integra a criação de sistemas “biohíbridos” baseados em Inteligência Artificial, sensoriamento de sistemas vivos e construção digital, em busca da elaboração de obras artísticas que articulem formal e sensivelmente modos de existência que respondam às novas articulações entre técnica, natureza e humanidade. 

Imagem: Instagram dos Artistas

Cesar & Loishttps://www.bienalmercosul.art.br/caldeira

Cesar Baio
Jundiaí, Brasil, 1978. Vive e trabalha em Campinas, Brasil.

Lucy HG Solomon
Boston, Estados Unidos, 1975. Vive e trabalha em Escondido, Estados Unidos.

A instalação Mycorrhizal Insurrection concebe uma inteligência artificial não antropocêntrica que toma decisões baseando-se na lógica do micélio, propondo reorientar as sociedades humanas e suas tecnologias em favor dos interesses e sobrevivência do ecossistema planetário. Essa utopia ecológica, marcada pela integração de inteligências pré-humanas (microrganismos) e pós-humanas (inteligência artificial), desafia poeticamente as raízes do Antropoceno e propõe uma nova consciência em resposta aos traumas causados pela espoliação global dos ecossistemas. A obra estabelece um canal de comunicação subversivo entre redes de micélio e sistemas de comunicação humanos. Uma inteligência híbrida biodigital, composta por algoritmos de inteligência artificial, micélios vivos (cogumelos) e redes digitais, desafia as raízes da colonização da natureza pela humanidade e preconiza formas de existir que integrem humanos e não humanos em redes ecossistêmicas equitativas.

Texto: Bienal do Mercosul

Cesar & Lois

Cesar & Lois é um coletivo que investiga a evolução da relação da humanidade com a natureza, avançando nas interseções entre as redes paralelas de tecnologia, sistemas biológicos e sociais. Cesar & Lois é formado pelo artista de mídia brasileiro Cesar Baio e pela artista de mídia residente na Califórnia Lucy HG Solomon, muitas vezes em conversas e colaboração com outros artistas, cientistas e pesquisadores. Formada no verão de 2017, a Cesar & Lois lançou uma série de projetos que reorientam a tecnologia e a sociedade para a natureza.

Eles estão atualmente trabalhando com a colonização de fungos nos sistemas de conhecimento humano por meio da fusão de redes de fungos e comunicações baseadas na Internet. Vencedor do Prêmio Lumen de Inteligência Artificial 2018 e seleção de 2019 para a Bienal do Prêmio Global de Arte Digital em Cingapura e o Edital CoMciência no Brasil, o projeto Culturas Degenerativas: Lujipen insere uma lógica microbiológica na I.A. e desafia a divisão sócio-tecnológica entre a humanidade e a natureza.

Texto: Site do coletivo Cesar & Lois (tradução livre)