Projeto de Pesquisa | 2022 | outubro
Christine Mello| PUC-SP – UERJ
Fundação Carlos Chagas | FAPERJ
Bolsista PAPN | UERJ | Instituto de Artes – PPG-ARTES
Pós-doc | Supervisão profa. Dra. Sheila Cabo
www.extremidades.art | www.extremidades.art/x/christinemello
Projeto de Pesquisa | 2022 | outubro
Arte, mídia e política: por outras imagens de mundo nas redes sociais
Ensaio I – Políticas da a(ini)mizade: arte, mídia e política
Ensaio II – Arte e políticas dos corpos nas redes sociais
O presente estudo aborda relações
entre arte e sociedade com
enfoque nas políticas dos corpos
FERREIRA DA SILVA, Denise. A Dívida Impagável. São Paulo: Casa do Povo, 2019.
__________. Ler a arte como confronto. In. Logos 55. Vol 27, Nº 03, PPGCOM UERJ – Dossiê Decolonialidade e política das imagens.
MOMBAÇA, Jota. Na quebra. Juntas. In: Não vão nos matar agora. São Paulo: Editora Cobogó, Coleção Encruzilhada, 2021. Pp 21-26.
ROLNIK, Suely. O inconsciente colonial-capitalístico. In: __________. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018. Pp. 29-97.
Se o globalitarismo (Milton Santos) sob a forma do capitalismo de vigilância (dada-dados, Big Data) e suas imagens em rede implementam o regime de visualidade algorítmica ao mesmo tempo que atuam fora da ética, produzindo fenômenos como as fake news e os discursos de ódio tão próprios às redes sociais (Luiz Valério de Andrade) e implicados na chamada peste fascista (Suely Rolnik), que não pode ser separada do racismo estrutural e dos regimes do inconsciente colonial-patriarcal agenciados nas redes sociais, observamos de que modo a arte nestes contextos responde sob a forma de uma posição ética, diante do que é mais vulnerável e traumático, como o racismo, a xenofobia, as desigualdades sociais e a discriminação de gênero.
SANTOS, Milton. Milton Santos – Encontros. Organização Maria Angela P. Leite. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. – (Encontros)
__________. Por uma geografia das redes. In: ______. A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 1996.
BEIGUELMAN, Giselle. Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
COSTA, Luiz Cláudio da. A condição precária da arte: corpo e imagem no século XXI. Belo Horizonte: Relicário, 2022.
BAIO, Cesar. Rumo à imagem performativa. In: __________. Máquinas de imagem: arte, tecnologia e pós-virtualidade. São Paulo: Annablume, 2015. Pp.155-191.
TRINDADE, Luiz Valério. Discurso de ódio nas redes sociais (Feminismos Plurais). São Paulo: Editora Jandaíra, 2022.
ROLNIK, Suely. As Aranhas, os Guarani e alguns europeus. Outras notas para uma vida não cafetinada: N-1, 2022. (prelo)
Em uma abordagem histórica, referente às últimas cinco décadas (dos anos 1980 aos anos 2020), buscaremos analisar, desse modo, embates da esfera micropolítica por meio da presença de práticas artísticas comprometidas com a reconexão dos corpos como construção da diversidade, trazendo como princípio noções como pluralidade, dissidência, redes de afetos, contato e alteridade.
www.extremidades.art/x/christinemello
DOSSIÊS DE ARTISTAS (12)
Mapeamento – Organização
Artistas | Contexto Histórico| Fase 1
2.SÉCULO 21 – ANOS 2000
3.SÉCULO 21 – ANOS 2010 – 2020
GUATTARI, Felix. Caosmose: um novo paradigma estético; tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Claudia Leão. São Paulo: Ed. 34, 1992.
__________. O inconsciente maquínico e a revolução molecular. In: __________. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1977. pp. 165-172.
__________. Micropolítica do fascismo. In: __________. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1977. pp. 173-190.
Projeto de Pesquisa | 2022 | outubro
Arte, mídia e política: por outras imagens de mundo nas redes sociais
Ensaio I – Políticas da a(ini)mizade: arte, mídia e política
Ensaio II – Arte e políticas dos corpos nas redes sociais
Escrita ensaio I (2022-2023)
I – Políticas da a(ini)mizade: arte, mídia e política
1.1 Inimizade nas redes: contextos históricos-políticos-sociais-midiáticos
1.2 Políticas da amizade, ativismo, coletivos artísticos e o reconhecimento recíproco da vulnerabilidade: práticas artísticas nas redes entre 1980 e a atualidade
1.2 Inimizade nas redes: contextos históricos-políticos-sociais-midiáticos
1.1.1 Sociedade da inimizade e necropolítica em Achille Mbembe: pelo que não se está disposto a compartilhar em escala global;
1.1.2 Globalitarismo e a noção de rede em Milton Santos;
1.1.3 Discursos de ódio a partir de Luiz Valério Trindade: quando os discursos racistas, xenófobos e LGBTfóbicos migram para as redes sociais;
1.1.4 Peste fascista a partir de Suely Rolnik;
1.1.5 Poéticas da wired city, compartilhamento do vídeo, arte na internet, ativismo, descolonização da imagem, políticas da imagem, colonialismo de dados, vigilância, algoritmo e inteligência artificial em Christine Mello, Boris Groys, Sheila Cabo Geraldo, Giselle Beiguelman, Sérgio Amadeu da Silveira e Cesar Baio.
MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. São Paulo: n-1 edições, 2020.
SANTOS, Milton. Milton Santos – Encontros. Organização Maria Angela P. Leite. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. – (Encontros)
__________. Por uma geografia das redes. In: ______. A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 1996.
TRINDADE, Luiz Valério. Discurso de ódio nas redes sociais (Feminismos Plurais). São Paulo: Editora Jandaíra, 2022.
ROLNIK, Suely. As Aranhas, os Guarani e alguns europeus. Outras notas para uma vida não cafetinada: N-1, 2022. (prelo)
MELLO, Christine. Extremidades do vídeo. São Paulo: Senac, 2008.
GROYS, Boris. On art activism. In: __________. In the flow. London – New York: Verso, 2016.
__________. Art on the Internet. In: __________. In the flow. London – New York: Verso, 2016.
MESQUITA, André; ESCHE, Charles; BRADLEY, WILL (Orgs.). Arte e ativismo. São Paulo: MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Afterall, 2021.
CABO GERALDO, Sheila. Escritura e o processo de descolonização da imagem. In: CABO GERALDO (Org. et.al). Escrituras: cadernos de arte, história e crítica. Rio de Janeiro: UERJ/DECULT, 2021.
BEIGUELMAN, Giselle. Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
COZMAN, F.G.; PLONSKI, G.A.; NERI, H. (Orgs). Inteligência artificial: avanços e tendências (Livro eletrônico). São Paulo: Instituto de Estudos Avançados/USP, 2021.
SILVEIRA, Sergio Amadeu; SOUZA, Joyce; CASSINO, João Francisco (Orgs) Colonialismo de dados: como opera a trincheira algorítmica na guerra neoliberal. São Paulo: Autonomia literária, 2021.
BAIO, Cesar. Rumo à imagem performativa. In: __________. Máquinas de imagem: arte, tecnologia e pós-virtualidade. São Paulo: Annablume, 2015. Pp.155-191.
1.2 Políticas da amizade, ativismo, coletivos artísticos e o reconhecimento recíproco da vulnerabilidade: práticas artísticas nas redes entre 1980 e a atualidade
1.2.3 Daniel Lima
1.2.4 Giselle Beiguelman
1.2.6 Cesar Baio
MELLO, Christine. Extremidades do vídeo. São Paulo: Senac, 2008.
__________. Circuitos poéticos e afetos em Gilbertto Prado. Contemporânea Revista do PPGART/UFSM, v. 2, p. 01-09, 2019.
__________. Lucas Bambozzi: redes sociais e enfrentamento. Porto Arte (UFRGS), v. 28, p. 59-70, 2010.
__________ e MACEDO, Larissa Cristina Sampaio. @AMULTIDAO: eXtremidades nas redes audiovisuais em tempos de pandemídia. In: ALMAS, Almir [et al.]. (Org.). Pandemídia: vírus, contaminações e confinamentos. 1ed. São Paulo: ECA-USP / Invisíveis Produções, 2020, v. 1, p. 219-230.
MESQUITA, André; ESCHE, Charles; BRADLEY, WILL (Orgs.). Arte e ativismo. São Paulo: MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Afterall, 2021.
LIMA, Daniel e TAVARES, Túlio (Orgs.). Na borda – nove coletivos, uma cidade. São Paulo: Invisíveis Produções, 2011.
FRENTE 3 DE FEVEREIRO (Orgs.). Zumbi somos nós – cartografia do racismo para o jovem urbano. Sãp Paulo: Invisíveis Produções, 2014.
BEIGUELMAN, Giselle. Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
__________. Botannica Tirannica. Catálogo da exposição. São Paulo: Museu Judaico de São Paulo, 2022.
BAIO, Cesar. Rumo à imagem performativa. In: __________. Máquinas de imagem: arte, tecnologia e pós-virtualidade. São Paulo: Annablume, 2015. Pp.155-191.
Escrita ensaio II (2023-2024)
II – Arte e políticas dos corpos nas redes sociais
2.1 Políticas dos corpos nas redes sociais: práticas artísticas entre os anos 2010 e 2020
2.2 Corpos em cura: emergências da arte nas redes
2.3 Políticas dos corpos nas redes sociais: práticas artísticas entre os anos 2010 e 2020
2.1.1 Micropolíticas, o inconsciente colonial-capitalístico e a peste fascista: conceitos em Suely Rolnik;
2.1.2 Arte como confronto e atravessabilidade: repensar a arte a partir do corpo em Denise Ferreira da Silva;
2.1.3 Corpos políticos em Jota Mombaça;
2.1.4 Redes Feministas em Geovana Pagel;
2.1.5 Precariedade e a noção de corpo e imagem em Luiz Claudio da Costa;
2.1.6 Pandemídia e as poéticas do corpo-tela em Leda Maria Martins.
ROLNIK, Suely. O inconsciente colonial-capitalístico. In: __________. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018. Pp. 29-97.
__________. As Aranhas, os Guarani e alguns europeus. Outras notas para uma vida não cafetinada: N-1, 2022. (prelo)
FERREIRA DA SILVA, Denise. A Dívida Impagável. São Paulo: Casa do Povo, 2019.
__________. Ler a arte como confronto. In. Logos 55. Vol 27, Nº 03, PPGCOM UERJ – Dossiê Decolonialidade e política das imagens.
MOMBAÇA, Jota. Na quebra. Juntas. In: Não vão nos matar agora. São Paulo: Editora Cobogó, Coleção Encruzilhada, 2021. Pp 21-26.
MELLO, Christine, e PAGEL, G. C. . Redes Feministas: a potência insurgente das hashtags #ChegadeFiuFiu, #PrimeiroAssédio e #EleNão. REVISTA ECO-PÓS (ONLINE), v. 24, p. 587-626, 2021.
COSTA, Luiz Cláudio da. A condição precária da arte: corpo e imagem no século XXI. Belo Horizonte: Relicário, 2022.
ALMAS, Almir. LIMA, Daniel [et al.]. (Org.). Pandemídia: vírus, contaminações e confinamentos. 1ed. São Paulo: ECA-USP / Invisíveis Produções, 2020.
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
2.2 Corpos em cura: emergências da arte nas redes
2.2.1 Denise Agassi
2.2.2 Paula Garcia
2.2.3 plataforma Explode!
2.2.4 Jota Mombaça
2.2.5 Aleta Valente | @ex_miss_febem_
2.2.6 @biarritzzz
MELLO, Christine e MACEDO, Larissa Cristina Sampaio. Encruzilhadas e extremidades da língua: @biarritzzz, arte contemporânea e redes sociais. FRONTEIRAZ, v. 27, p. 1-16, 2021.
MOMBAÇA, Jota. Na quebra. Juntas. In: Não vão nos matar agora. São Paulo: Editora Cobogó, Coleção Encruzilhada, 2021. Pp 21-26.
Bibliografia Básica:
ALMAS, Almir. LIMA, Daniel [et al.]. (Org.). Pandemídia: vírus, contaminações e confinamentos. 1ed. São Paulo: ECA-USP / Invisíveis Produções, 2020.
BAIO, Cesar. Rumo à imagem performativa. In: __________. Máquinas de imagem: arte, tecnologia e pós-virtualidade. São Paulo: Annablume, 2015. Pp.155-191.
BEIGUELMAN, Giselle. Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
__________. Botannica Tirannica. Catálogo da exposição. São Paulo: Museu Judaico de São Paulo, 2022.
CABO GERALDO, Sheila. Escritura e o processo de descolonização da imagem. In: CABO GERALDO (Org. et.al). Escrituras: cadernos de arte, história e crítica. Rio de Janeiro: UERJ/DECULT, 2021.
COZMAN, F.G.; PLONSKI, G.A.; NERI, H. (Orgs). Inteligência artificial: avanços e tendências (Livro eletrônico). São Paulo: Instituto de Estudos Avançados/USP, 2021.
COSTA, Luiz Cláudio da. A condição precária da arte: corpo e imagem no século XXI. Belo Horizonte: Relicário, 2022.
FERREIRA DA SILVA, Denise. A Dívida Impagável. São Paulo: Casa do Povo, 2019.
__________. Ler a arte como confronto. In. Logos 55. Vol 27, Nº 03, PPGCOM UERJ – Dossiê Decolonialidade e política das imagens.
FRENTE 3 DE FEVEREIRO (Orgs.). Zumbi somos nós – cartografia do racismo para o jovem urbano. Sãp Paulo: Invisíveis Produções, 2014.
GROYS, Boris. On art activism. In: __________. In the flow. London – New York: Verso, 2016.
__________. Art on the Internet. In: __________. In the flow. London – New York: Verso, 2016.
GUATTARI, Felix. Caosmose: um novo paradigma estético; tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Claudia Leão. São Paulo: Ed. 34, 1992.
__________. O inconsciente maquínico e a revolução molecular. In: __________. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1977. pp. 165-172.
__________. Micropolítica do fascismo. In: __________. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1977. pp. 173-190.
LIMA, Daniel e TAVARES, Túlio (Orgs.). Na borda – nove coletivos, uma cidade. São Paulo: Invisíveis Produções, 2011.
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. São Paulo: n-1 edições, 2020.
MELLO, Christine. Extremidades do vídeo. São Paulo: Senac, 2008.
__________. Circuitos poéticos e afetos em Gilbertto Prado. Contemporânea Revista do PPGART/UFSM, v. 2, p. 01-09, 2019.
__________. Lucas Bambozzi: redes sociais e enfrentamento. Porto Arte (UFRGS), v. 28, p. 59-70, 2010.
__________. e PAGEL, G. C. . Redes Feministas: a potência insurgente das hashtags #ChegadeFiuFiu, #PrimeiroAssédio e #EleNão. REVISTA ECO-PÓS (ONLINE), v. 24, p. 587-626, 2021.
__________. e MACEDO, Larissa Cristina Sampaio. Encruzilhadas e extremidades da língua: @biarritzzz, arte contemporânea e redes sociais. FRONTEIRAZ, v. 27, p. 1-16, 2021.
__________ e MACEDO, Larissa Cristina Sampaio. @AMULTIDAO: eXtremidades nas redes audiovisuais em tempos de pandemídia. In: ALMAS, Almir [et al.]. (Org.). Pandemídia: vírus, contaminações e confinamentos. 1ed. São Paulo: ECA-USP / Invisíveis Produções, 2020, v. 1, p. 219-230.
MESQUITA, André; ESCHE, Charles; BRADLEY, WILL (Orgs.). Arte e ativismo. São Paulo: MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Afterall, 2021.
MOMBAÇA, Jota. Na quebra. Juntas. In: Não vão nos matar agora. São Paulo: Editora Cobogó, Coleção Encruzilhada, 2021. Pp 21-26.
ROLNIK, Suely. O inconsciente colonial-capitalístico. In: __________. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018. Pp. 29-97.
__________. As Aranhas, os Guarani e alguns europeus. Outras notas para uma vida não cafetinada: N-1, 2022. (prelo)
SANTOS, Milton. Por uma geografia das redes. In: ______. A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 1996.
__________. Milton Santos – Encontros. Organização Maria Angela P. Leite. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. – (Encontros)
SILVEIRA, Sergio Amadeu; SOUZA, Joyce; CASSINO, João Francisco (Orgs) Colonialismo de dados: como opera a trincheira algorítmica na guerra neoliberal. São Paulo: Autonomia literária, 2021.
TRINDADE, Luiz Valério. Discurso de ódio nas redes sociais (Feminismos Plurais). São Paulo: Editora Jandaíra, 2022.
Bibliografia complementar:
ABRANCHES, Sérgio. Polarização radicalizada e ruptura eleitoral. In: Vários autores (Orgs.). Democracia em Risco?: 22 ensaios sobre o Brasil hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. p. 11-34.
AMADEU DA SILVEIRA, Sérgio. Democracia e os códigos invisíveis: como os algoritmos estão modulando comportamentos e escolhas políticas (coleção Democracia Digital). São Paulo: Edições Sesc SP, 2019.
AUDRY, Sofian. Art in the age of machine learning. Cambridge: The MIT Press, 2021.
BAILEY, Moya; JACKSON, J. Sarah; WELLES, Brooke Foucault (orgs.). #hashtagActivism: Networks of Race and Gender Justice. Cambridge: The MIT Press, 2020.
BASTOS, Marcus. Limiares da rede: escritos sobre arte e cultura contemporânea. São Paulo: Intermeios/Fapesp, 2014.
BENTES, Ivana. O devir estético do capitalismo cognitivo. In: XVI COMPÓS: Curitiba/PR, 2007 GT – Estéticas da Comunicação 05/06/2007. Curitiba: Compós, 2007.
__________. Feminismo global. Cult, São Paulo, 24 jan. 2017. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/feminismo-global/>. Acesso em: 1 jun. 2020.
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2017 (3ª. reimp.)
__________. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
__________. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
COLVARA, Bianca Maciente. Extremidades em rede: a formação de linguagens emergentes em ambiente digital. 2022. 115 f. Dissertação. (Mestrado em Comunicação) Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
DI FELICE, Massimo; PEREIRA, Eliete; ROZA, Erick (orgs.). Net-ativismo: redes digitais e novas práticas de participação. Campinas, SP: Papirus, 2017.
DOS SANTOS. Antônio Bispo. Colonização, Quilombos: modos e significados. Brasília: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa – INCTI: Universidade de Brasília – UnB: Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – INCT: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, 2015.
FERRARI, Pollyana; FREITAS FILHO, A. ; SEGURADO, R. ; PENTEADO, C. ; AMADEU, S. ; ALVES, R. . Ativismo digital hoje: política e cultura na era das redes. 01. ed. São Paulo: Hedra, 2021.
FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, heterotopias. São Paulo: N-1 Edições, 2013.
HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Bem-estar comum. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2016.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org. e Apresentação). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. 1ª edição, Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2020.
HUI, Yuk. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
LOVELUCK, Benjamin. Redes, compartilhamento e viralidade. In: ______. Redes, liberdades e controle: uma genealogia política da internet. Petropolis: Vozes, 2018. Pp. 197-220.
MACÊDO, Larissa. Poéticas do efêmero: novas temporalidades em rede a partir do Instagram Stories. 2019. 145 f. Dissertação. (Mestrado em Comunicação e Semiótica) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22414. Acesso em: 23 maio 2021.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Organizadores: Joaze Bernardino-Costa, Nelson Maldonado-Torres, Ramón Grosfoguel.1ª edição, Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2018.
MANOVICH, Lev e ARIELLI, Emanuele. AI-aesthetics and the Anthropocentric Myth of Creativity. Nodes Journal of Art and Neuroscience (nodesjournal.com), 2022. (prelo)
MUNSTER, Anna. An Aesthesia of Networks: conjunctive Experience in Art and Technology. Cambridge: The MIT Press, 2013.
MOROZOV, Evgeny. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu, 2018.
NASCIMENTO, Letícia. Transfeminismo. (Coleção Feminismos Plurais). São Paulo: Editora Jandaíra, 2021.
NOBLE, Safiya Umoja. Algoritmos da Opressão: como os mecanismos de busca reforçam o racismo. Editora Rua do Sabão. 1ª edição 2022.
OLIVEIRA, Fernanda; SQUAIELLA, Paula. Novas formas de lidar com as imagens em rede a partir de um pensamento de curadoria interativa. In: ALMAS, Almir [et al.]. (Org.). Pandemídia: vírus, contaminações e confinamentos. 1ed. São Paulo: ECA-USP / Invisíveis Produções, 2020, v. 1, p. 212-218.
PALLAMIN, Vera. Arte, cultura e cidade: aspectos estético-políticos contemporâneos. São Paulo: Invisíveis Produções, 2016.
PRADA, Juan Martín. Prácticas artísticas e internet em la época de las redes sociales. Madrid: Ediciones Akal, 2012.
REIS, Daniel Aarão. As Armadilhas da memória e a reconstrução democrática. In: Vários autores (Orgs.). Democracia em Risco?: 22 ensaios sobre o Brasil hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. P.274-286.
SANTAELLA, Lucia. Inteligência artificial & redes sociais. 1. ed. São Paulo: EDUC, 2019.
__________. (Org.) Novas formas do audiovisual. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016.
__________. (Org.) Sociotramas: estudos multitemáticos sobre redes digitais. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2014.
SAVAZONI, Rodrigo. O comum entre nós: da cultura digital à democracia do século XXI (coleção Democracia Digital). São Paulo: Edições Sesc SP, 2018.
SEGATO, Rita. Gênero e colonialidade: do patriarcado comunitário de baixa intensidade ao patriarcado colonial-moderno de alta intensidade. In. Crítica da colonialidade em oito ensaios. Rio de Janeiro, Bazar do tempo, 2021.
SILVA, Tarcísio Torres. Ativismo digital e imagem: estratégias de engajamento e mobilização em rede. Jundiaí: Paco Editorial: 2016.
SILVA, Tarcízio. Racismo Algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas redes digitais. São Paulo: Edições Sesc SP, 2022.
Mini-curso UERJ em 13 e 14 de outubro de 2022
BREVES PERCURSOS PARA ANÁLISE:
I – Políticas da a(ini)mizade: arte, mídia e política
1. Inimizade nas redes: contextos políticos-sociais-artísticos
Observamos, em especial, no presente estudo, as proposições artísticas Odiolândia(2017) e BotannicaTirannica(2022), de Giselle Beiguelman (São Paulo, 1962) a partir das noções de globalitarismo do geógrafo crítico Milton Santos (Brotas de Macaúbas, Bahia, 1926-2001), de discurso de ódio do cientista social Luiz Valério Trindade e de peste fascista, assim denominada pela psicanalista, curadora e crítica de arte Suely Rolnik (São Paulo, 1948), que não pode ser separada do racismo estrutural e dos regimes do inconsciente colonial-patriarcal agenciados nas redes sociais.
1.1. Globalitarismo e a noção de rede em Milton Santos;
1.2 Discursos de ódio a partir de Luiz Valério Trindade: quando os discursos racistas, xenófobos e LGBTfóbicos migram para as redes sociais;
1.3. Peste fascista em Suely Rolnik;
1.4. Giselle Beiguelman
SANTOS, Milton. Milton Santos – Encontros. Organização Maria Angela P. Leite. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. – (Encontros)
__________. Por uma geografia das redes. In: ______. A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 1996.
BEIGUELMAN, Giselle. Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
__________. Botannica Tirannica. Catálogo da exposição. São Paulo: Museu Judaico de São Paulo, 2022.
TRINDADE, Luiz Valério. Discurso de ódio nas redes sociais (Feminismos Plurais). São Paulo: Editora Jandaíra, 2022.
ROLNIK, Suely. O inconsciente colonial-capitalístico. In: __________. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018. Pp. 29-97.
__________. As Aranhas, os Guarani e alguns europeus. Outras notas para uma vida não cafetinada: N-1, 2022. (prelo)
Odiolândia (2017)
Giselle Beiguelman
Botannica Tirannica (2022)
Giselle Beiguelman
Mais informações: museujudaicosp.org.br/exposicoes/botannica-tirannica
Se o globalitarismo sob a forma do capitalismo de vigilância (dada-dados, Big Data) e suas imagens em rede implementam o regime de visualidade algorítmica ao mesmo tempo que atuam fora da ética, produzindo fenômenos como os discursos de ódio tão próprios às redes sociais, observamos de que modo a arte nestes contextos responde sob a forma de uma posição ética, diante do que é mais vulnerável e traumático, como o racismo, a xenofobia, as desigualdades sociais e a discriminação de gênero.
Nos trabalhos de Giselle Beiguelman, a arte, em suas relações com a análise crítica do discurso relacionado à xenofobia, ao racismo e à intolerância nas plataformas midiáticas e redes sociais, atua como um agente ativo capaz de ressignificar o sentido eco-político, como a força vital que anima o corpo e faz vibrar. Como Suely Rolnik nos diz, pelo afeto, traz a perspectiva ética, tensiona a presença vital, “a presença viva do outro em mim”, em que o outro não se encontra fora do meu corpo, mas é uma presença vital em meu corpo. A arte, busca, nesse contexto, desconstruir o aparato de controle, ferramenta central do autoritarismo.
Nessa direção, Rolnik sustenta que o fascismo em suas forças reativas pode ser compreendido como a despotencialização vital da presença do outro em mim. Como uma “fábrica de mundo” (S.Rolnik, 2022) dedicada às forças reativas do fascismo, as plataformas online de sociabilidade supostamente dedicadas à “conexão”, de modo paradoxal, produzem justamente a “desconexão” entre os corpos e os afetos por meio da “normalpatia” (denominada tanto como doença da normalidade quanto normalização da barbárie) que lhes é própria.
Para Suely Rolnik, trata-se de aportes da peste fascista. Para ela, é quando a palavra, a linguagem, se dissocia da alma, como uma doença imanente ao regime colonial-racializante-patriarcal-capitalista.
Nos presentes trabalhos podemos observar embates da esfera micropolítica por meio da presença de práticas artísticas nas redes comprometidas com a reconexão dos corpos, como construção da diversidade, trazendo como princípio noções como pluralidade, dissidência, redes de afetos, contato e alteridade.
Para pensarmos o contexto das imagens em rede:
Milton Santos (Brotas de Macaúbas, Bahia, 1926-2001)
“Eu chamo a globalização de globalitarismo porque estamos vivendo uma nova fase de totalitarismo. O sistema político utiliza os sistemas técnicos contemporâneos para produzir a atual globalização, conduzindo-nos para formas de relações econômicas implacáveis, que não aceitam discussão, que exigem obediência imediata, sem a qual os atores são expulsos da cena ou permanecem dependentes, como se fossem escravos de novo. Escravos de uma lógica sem a qual o sistema econômico não funciona. Que outra vez, por isso mesmo, acaba sendo um sistema político”. (1999)
“É uma forma de totalitarismo muito forte, insidiosa, porque se baseia em ideias que aparecem como centrais à própria ideia de democracia – liberdade de opinião, de imprensa, tolerância – utilizadas exatamente para suprimir a possibilidade de conhecimento do que é o mundo, do que são os países, os lugares. Eu chamo isso de tirania da informação, que, associada à tirania do dinheiro, resulta no globalitarismo”. (1999)
SANTOS, Milton. Coleção Encontros (Rio de Janeiro: Azougue, 2007).
Para pensarmos o contexto do discurso de ódio:
Luiz Valério Trindade
“Discurso de ódio se caracteriza pelas manifestações de pensamentos, valores e ideologias que visam inferiorizar, desacreditar e humilhar uma pessoa ou um grupo social, em função de características como gênero, orientação sexual, filiação religiosa, raça, lugar de origem ou classe. Tais discursos podem ser manifestados verbalmente ou por escrito, como tem sido cada vez mais frequente nas plataformas de redes sociais. Sendo assim, é possível compreender que discursos de cunho racistas veiculados nas redes sociais (sejam eles de forma explícita e sem maquiagens, ou camuflados em piadas) se enquadram na categoria de discursos de ódio”.
“Um dos maiores problemas com relação ao fenômeno de construção e disseminação de discursos de ódio nas redes sociais é que, à medida que a sociedade passa a aceitá-los como algo normal e inevitável, perde-se completamente a capacidade de se indignar contra eles. E esse quadro, no meu entender, é muito preocupante e perturbador. Daí, então, a importância em compreender o fenômeno em toda a sua extensão, pois somente com conhecimento sério, qualificado e embasado, é que se desconstrói a engrenagem que o realimenta”.
As redes sociais são como uma espécie de pelourinho moderno para a promoção de sessões de chicotadas virtuais, simbolicamente representadas por discursos racistas”.
TRINDADE, Luiz Valério. Discurso de ódio nas redes sociais. (São Paulo: Jandaíra, 2022).
Para pensarmos o contexto da peste fascista:
Suely Rolnik (São Paulo, 1948)
“A tomada de poder globalitário pelo capitalismo, em sua versão corporativa financeirizada neoliberal, deflagrou um novo surto da peste fascista. A bactéria que causa esta doença é parte do microbioma do corpo social sob ao regime de inconsciente colonial-racializante-patriarcal-capitalista. A bactéria ativa-se quando a falta de oxigênio inerente ao ecossistema do regime em questão atinge limites insuportáveis. Deflagra-se então a peste, atingindo o desejo das massas e transformando os sujeitos num bando de zumbis, abduzidos pelo feitiço de relatos que distorcem a realidade. A sociedade brasileira é especialmente vulnerável à ativação desta bactéria, pelo fato deste país ser o único em que jamais foram desenvolvidos anticorpos sociais às suas variantes anteriores e tendo jamais sido punidos os responsáveis por sua ativação, desde sua cepa inicial: a cepa colonial-escravocrata. Porém, como em suas variantes anteriores, a bactéria não logra contaminar o conjunto do corpo social: surgem respostas que produzem anticorpos, logrando criar outros cenários”.
ROLNIK, Suely. As Aranhas, os Guarani e alguns europeus. Outras notas para uma vida não cafetinada (São Paulo: N-1, 2022). (prelo)