Mestre pela FASM/SP (2007-2009). Bacharel pela FAAP/SP (1997-2002) em Artes Visuais. Formada em Medicina Tradicional Oriental, na Escola Neijing (2015-2019), São Paulo / Espanha. Atualmente, desenvolve a oficina Boneca Chinesa, com idosos e sessões 1:1 na Sala Espacial/SP (2017-em andamento). Docente na Faculdade UniSantanna (2017-2018), na FMU (2012-1016) e Senac (2011). Ministra oficinas e workshops em instituições e centros culturais, desde 2004. Participa de exposições, grupos de pesquisa e residências artísticas nacionais e internacionais. Entre os principais prêmios e exposições estão: Campos de Invisibilidade, no Sesc Belenzinho (2018-1019); Es no es um Museo, no CCSP; Perfomatividade e Memória, no Paço das Artes; Exposição Multitude, no Sesc Pompeia ; Proac Artes Visuais; Prêmio Mídias Locativas no Festival Vivo Arte.mov; Residência Can Xalant (Espanha); Programa de Residência Artística LabMIS, do MIS-SP; Galeria Expandida, na Luciana Brito Galeria; Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, Residência Artística Brande (Dinamarca), entre outros.
A sua pesquisa artística consiste em atuar nos corpos: físico, energético e digital através de estruturas em rede. Os conceitos partem da cosmovisão oriental, da integração do ser a natureza e das relações com as tecnologias em rede. A pesquisa está em diálogo com experimentações que resgatam saberes ancestrais, medicinas alternativas e tecnologias planetárias, uma vez que os modos de vida atuais estão nos direcionando a um processo esgotamento do corpo e do planeta, levando as pessoas a buscas relacionadas a cura ancestral e a consciência. Em um primeiro momento, esteve relacionada a rede internet e a informação que circula por ela, explorando os sistemas de busca e as formas de indexação via tags evidenciando a repetição de imagens como um padrão emergente de comportamento humano diante das tecnologias, assim como, as subjetividades da rede.
Texto e imagem: Portfólio da artista
Trata-se de obra online formada por diferentes recortes horizontais de fotografias coloridas da foz do rio Iguaçu. As imagens foram localizadas na internet a partir das tags “Cataratas do Iguaçu” traduzidas em diversos idiomas. As palavras se transformaram em imagens de uma longa queda d’água que pode ser percorrida continuamente através da tecla de rolagem do mouse.
Em alguns momentos, essa água é mais caudalosa e preenche toda tela, e em outros, o fluxo de dados é mais intenso que a água, o que gera, em alguns trechos, acúmulos e sobreposições de informações. Alguns recortes são tão finos que se transformam em linhas coloridas. Um tanto de imagens têm boa qualidade, enquanto outras, a resolução é baixa e o pixel se torna uma textura que se mistura com a espuma de água.
No centro de cada página existe um sutil link portal que dá acesso a outras páginas da internet. Essas conexões são como afluentes de rios que se desdobram em as camadas visíveis e invisíveis do corpo humano, recordando que somos água e estamos conectados em rede.
Este projeto foi contemplado pelo XVI Premio Funarte Marc Ferrez de Fotografia.
://backup_cápsula do tempo | 2021
Web-performance que conduz o público a uma viagem mental pelas estruturas em redes do corpo fisico e das redes telemáticas. Durante o percusso meditativo é criada mentalmente uma ://Cápsula do tempo para os participantes arquivarem nela uma net arte que eles gostariam de enviar para o futuro, para serem acessadas novamente em 2050. A proposta também considera a retirada de circulação dessas obras no presente, uma vez que não se encontram visíveis e viáveis pelo sistema da arte brasileira.
A “://cápsula do tempo integra o projeto ://backup que foi idealizado pelos artistas Denise Agassi e a Lucas
Bambozzi com o objetivo de buscar caminhos que melhor se adequem às especificidades da conservação de net arte brasileira.
Este projeto foi contemplado pelo Festival AVXlab-Rede do Audiovisual Expandido.
Texto e imagem: Portfólio da artista
A partir da apropriação e recontextualização, Denise Agassi explora os limites de busca e compartilhamento de imagens na internet, tocando em questões como representação, arquivo e memória. Desde o início de seu trabalho, a artista demonstra interesse por arquivos de imagem. Com o aparecimento da internet 2.0, redireciona suas obras para o maior arquivo de imagens disponível: a internet.
A partir de 2005, a pesquisa concentra-se na maneira pela qual memórias de representação coletiva e individual são produzidas e distribuídas em meios digitais. Interessa à artista entender como dar conta de tantas imagens produzidas nos tempos atuais e entregá-las ao mundo da ressignificação e da geração de novas conexões. Denise investiga também a repetição de temas, e transforma-os em instrumento de reflexão sobre o cotidiano. Para a artista, o homem retém e repete questões no mundo virtual para forjar para si a preservação do tempo e do espaço.
Os trabalhos de Denise lidam com o limiar da ilusão: mesclam fotografias, vídeos e sons. Vista On Vista Off ( 2010), comissionado pelo Programa de Residência Artística LabMIS, é premiado em 2012, no Festival arte.mov, na categoria Mídias Locativas. Trata-se de uma instalação interativa, que se estrutura a partir de computador, projetor, bússola digital, internet, arduino [1] e um suporte de madeira rotativo. O trabalho é uma representação digital, construída, exibida e acionada pelo público, de modo analógico. A obra localiza vídeos online, e a bússola digital pré-seleciona tags em diversos idiomas. Essas palavras-chave referem-se a tipos de vista (panorâmica, aérea etc.) e estão associadas a lugares apontados pelo dispositivo. Essas informações são cruzadas quando o público rotaciona o aparato, que indica uma direção por meio da bússola digital. Com essa indicação, inicia-se a projeção de diversos vídeos, que se alteram e multiplicam os pontos de vista sobre cada lugar. Essa sucessão de planos formam um panorama do mundo – para além do espaço físico da obra, questionando os limites das imagens e de suas sinapses.
Texto: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras
AAAUMA: TRANSMUTAÇÃO, 2018
Pirâmide de cobre 51°51’14,3’’ a 22ºN, Qi, colchão pneumático, fonte de ametista, água, fita LED, fone de ouvido, .mp3 player, planta, vasos, tecido e borracha.
Produção: Madai e Sergio Santos. ⁄ Sonorização: Denise Agassi e Fernando Boi. ⁄ Edição e finalização do áudio: Atelier Vitché ⁄ Texto: Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa. Dr. José Luis Padilla Corral. ⁄ Colaboração: Estella Mariah Azevedo, Fernando LP e equipe, Prof. João Oreste Cafarelli, Profa. Monica Teixeira e Escola Neijing.
AAAUMA: alento anima alma + aum [ primeiro som ⁄ mantra ]+ A [ origem ⁄ céu—homem—terra ] + onomatopeia + sigla + código + geometria sagrada. Agassi pesquisa modos de acessar memórias, arquivos e informações localizadas no corpo físico, emocional, energético e digital. É reconhecida no campo das tecnologias e artes, e viveu o limite das tentativas de produção de seus trabalhos, até um esgotamento total, que a levou a práticas de cura tradicionais, ancestrais e das tecnologias do corpo humano. Nesta mostra, apresenta uma pirâmide-antena conectada ao campo magnético da Terra; além de sons de respiração, água, madeira, fogo, terra e ar, que permitem recuperar o sentido da unicidade com o Todo.
Denise Agassi tem como base de seus procedimentos téoricos e práticos os saberes da Arte Contemporânea e da Medicina Tradicional Oriental. Desde 2014, pesquisa e desenvolve atendimentos artísticos individuais e em grupo, com respiração, músicas sanantes, massagem energética e moxabustão. Desde 2002, participa de exposições, grupos de pesquisa e residências artísticas nacionais e internacionais. Desenvolve a Plataforma Net Arte (plataforma.midiamagia.net).
Texto: Cláudio Bueno – Campos de Invisibilidade
Sua pesquisa artística refere-se à criação de modos de visualização das informações na rede através de tags, hashtags e algoritmos. Criou a Plataforma Net Arte (2013-1019), que ressignifica informações que estão disponíveis na internet através de parâmetros flexíveis para a configuração de imagens, vídeo, áudio e texto, provenientes de plataformas como Flickr, YouTube, Twitter e Freesound. Diante da sensação de infinitude das imagens, textos e todo tipo de registros de dados on-line realizados atualmente, a Plataforma Net Arte se coloca como um agenciador desses arquivos, ativando novos modos de ver e de elaborar os seus sentidos. Ao criar um ambiente de performatividade simultânea de dados, um audiovisual é gerado e atualizado em tempo real e randomicamente. Os resultados encontrados pelo sistema são exibidos em um fluxo ininterrupto, produzindo uma experiência e uma fruição estética própria da internet e seus conteúdos. Programação: Eduardo Omine.
Na obra Vista On Vista Off (2010-2012), a visualização dos dados na rede se deu por meio das relações entre as tags e os dados de geolocalização. A instalação articula os fragmentos de vídeos que se alteram constantemente, remontando paisagens e multiplicando os pontos de vista sobre cada lugar, em tempo real e conectado ao fluxo da rede. A obra evidencia o caos provocado pelas sucessão e encadeamento de planos que formam um panorama do mundo através de um conjunto de imagens globalizadas pela revolução da informática, dispositivos móveis e redes telemáticas.
Texto: Denise Agassi
Exposição_ Artista na rede: //backup_cápsuladotempo // performance web _Denise Agassi
Experiência multidimensional ativada através da Net arte, backup_cápsuladotempo se refere ao agenciamento do corpo coletivo em rede, do contato consciente com os fluxos de informações e memórias, estimulando a produção de imagens mentais e digitais. Convite aberto para uma viagem entre a ficção e a realidade, nos conduz a uma navegação pelas redes do corpo e da internet. Nessa web performance, os participantes são convocados a respirar juntos para entrelaçar o cosmos da rede e as camadas do corpo.