com Claudio Filho e Fernanda Oliveira
As poéticas artísticas produzidas em relação com a ciência, tecnologia e natureza ganham destaque à medida que incorporaram no seu discurso as mudanças políticas, tecnológicas e sociais com a consciência da gravidade das crises ambientais do século XXI e suas ligações com o programa econômico capitalista (ZUBOFF, 2019 – LEITURA COMPLEMENTAR). Neste panorama, somos guiados pela visão pós-antropocêntrica (BAIO, 2020) como uma maneira de explorar a complexidade das emergências envolvidas nos sistemas globais de nosso tempo presente.
Assim, a união entre artistas e cientistas têm inspirado a produção de obras que, de maneira geral, permitem novas formas de compreender a organização dos sistemas vivos, processos biológicos e tecnológicos baseados nos processamentos de dados, sintéticos e simbólicos, manipulados nas mais variadas escalas: do microscópico ao macroscópico, do mundo das bactérias ao cosmos.
A partir de uma perspectiva histórico-conceitual, nesta seção objetiva-se o diálogo das recentes reconfigurações das poéticas visuais que passam a utilizar como mídia os sistemas de organismos não-humanos (vivos e não-vivos) e tecnologias para fornecer modelos especulativos de mundo que nos permitam imaginar outras relações possíveis com os sistemas da natureza, tecnologia e sociedade na atualidade.
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