A partir das experiências com o ATO 3 da Vai Passar Residência-Arte Online noto como artista a importância de trazer para o diálogo as diferenças de oportunidades existentes no circuito da arte. Esse é um disparador para a reflexão e construção de uma outra metodologia de uma residência-arte.
Nesse sentido se constrói a experiência Vai Passar | Residência-arte que propõe a prática de uma residência independente no espaço da Oficina Cultural Oswald de Andrade durante os meses de maio, junho, julho e agosto de 2022.
Encontros híbridos durante quatro meses na Oficina Cultural Oswald de Andrade
Artistas residentes: Anna Carolina Bueno, Bárbara Serafim, Bia Rezende, Carolina Tiemi [ITZÁ] e Kim Helena;
Assistentes do projeto: Fernanda Oliveira e Ayeska Ariza;
Mentoria [DES]manches: Charlene Bicalho;
Curadoria: MEIOAMEIO | Fernanda Oliveira e Paula Squaiella.
Vai Passar | Residência-arte aconteceu de modo híbrido – presencial e on-line – às segundas e quartas-feiras, no período das 14h00 às 17h00. Para as residentes foi necessário a presença física no espaço da OCOA, bem como nos encontros online, onde foi realizado para a mentoria, palestras e workshops com convidadas externas.
A seleção das residentes se deu por uma chamada pública para a Vai Passar | Residência-arte destinada a artistas dissidentes mulheres, em contexto periférico do estado de São Paulo, maiores de 21 anos (vinte e um) e com no mínimo três anos de atividade profissional artística comprovada. As residentes foram selecionadas com base em critérios que levaram em consideração questões de cor, gênero e classe social, a Vai Passar selecionou cinco artistas para a participação em um programa de quatro meses de duração, de maio a agosto de 2022.
A proposta foi criar junto ao espaço da OCOA um ambiente coletivo de compartilhamento de saberes e práticas artísticas a partir da proposição de encontros conduzidos pela propositora, oficinas com artistas, workshops com convidadas, mentoria e acompanhamento curatorial para a construção de uma exposição coletiva ao final do processo.
Residência-arte Vai Passar na Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2022, Malka Borenstein. Imagem: Fernanda Oliveira.
Importante trazer que inicialmente não tivemos o alcance da divulgação para o público a ser selecionado, faltando uma semana para acontecer o primeiro encontro da residência, ainda não tínhamos números de inscritas suficientes para fazer uma seleção, é nesse momento que entendo a dificuldade de colocar em prática o desejo de fazer acontecer a residência com o recorte escolhido.
Um dos recursos desenvolvidos foi criar uma página para a divulgação do projeto e da chamada nas redes sociais. Cria-se então a página @vaipassar_residencia na plataforma do Instagram, respeitando a seriedade do projeto, para tal criação é convidada a participar da equipe a designer gráfica Beatriz Carvalho que desenvolve a identidade visual do projeto e as principais artes de divulgação do mesmo.
Após esse movimento, com a página já desenvolvida, ao dar início às articulações para divulgação entramos em contato com um perfil parceiro, o @emergeartes de divulgação de chamadas e editais, o qual com muita disponibilidade, nos ajuda no compartilhamento de nossa chamada pública, possibilitando assim o alcance as artistas que fizeram parte do ATO 4 da Vai Passar.
Processos da Residência-arte Vai Passar, 2022, Malka Borenstein. Imagem: Fernanda Oliveira e Malka Borenstein.