Lab eXtremidades no Ateliê 397

Lab eXtremidades no Ateliê 397

Música, performance, audiovisual, cinema, teatro, poesia e exposições

No dia 14 de março de 2020 aconteceu o encontro “lab eXtremidades no Ateliê 397” entre artistas, pesquisadores, músicos, curadores, jornalistas, escritores e amantes de atividades que exploram experiências interconectadas entre múltiplas plataformas, comunidades e linguagens. O evento foi organizado em parceria com o Ateliê 397 sob a coordenação dos integrantes do Grupo de Pesquisa Extremidades: redes audiovisuais, cinema, performance e arte contemporânea Ana Elisa Carramachi, Christine Mello, Fernanda Oliveira, Geovana Pagel e Lucas Castro.

O evento contou com a participação de 23 artistas e 13 trabalhos, sendo quatro deles performances.

A entrada foi gratuita pudemos contar com a parceria das comidinhas da Creative Commes e drinks da Antro Produtora.

Sobre as obras:

522 Linhas 

Lucas Lespier e Juliana Garzillo

522 Linhas cria um pequeno canal de TV VHF permitindo o acesso a imagem eletrônica da antiga tv aberta sem emulações digitais. Com isso e pela baixa potência do sinal os próprios corpos do público influenciam o sinal de TV, a presença de um indivíduo próximo as antenas altera a imagem, trazendo a experiência da antena de TV gerando erro como experiência estética. 

 

 

Performance Incertezas 

Coletivo Telemusik - Dudu Tsuda e Marcus Bastos

Incertezas é um ensaio em sons e imagem e movimento ao vivo, reflete as incertezas contemporâneas. Diante de um mundo de violência e excesso, uma experiência de contrastes. Imagens de pouco contraste, com lineaturas forçadas e pulsação descontínua buscam os limiares entre o visível e o invisível.

 

ELA

Fernanda Oliveira e Geovana Pagel

“ELA” é inspirada em fragmentos de cena do espetáculo Oriki, da Cia do Pássaro Voo e Teatro, que traz a personagem híbrida Ofélia/Oxum em constante conflito e transformação. A performance será apresentada pela atriz Geovana Pagel, que fará intervenções cênicas ao vivo durante a ação artística, interagindo com o espaço, os objetos e as imagens projetadas. Essas imagens se constroem a partir de um trabalho de recuperação do banco de dados imagético da artista multimídia Fernanda Oliveira, que após ser atravessada pela leitura do texto, da dramaturga Dione Carlos, cria uma lógica de montagem a ser projetada durante a ação.

 

Rotas #1

Lucas Castro

Rotas é a abertura de uma pesquisa ainda em desenvolvimento. Em 2017 o artista Lucas Castro se propôs a realizar uma série de quatro trabalhos que estabelecessem diálogo com a produção de um segundo artista: Lucas Odarres. De tal modo que Rotas #1 constituí um momento de conexão entre dois trabalhos, pertencentes a essa série, que ainda estão em desenvolvimento: -15º40’68.90’’S/ -47º20’69.10’’O (Os Cadernos); e -15º34’88.20’’S/ -50º88’36.30’’O (O Mirante).  

ZaPretas

Renata Sampaio
Colaboração: Andy Marques, Milena Lízia, Taís Teles, Zanza Gomes

ZaPretas é uma obra-Quilombo. Cinco mulheres negras de diferentes regiões do país – Andy Marques, Milena Lízia, Renata Sampaio, Taís Teles e Zanza Gomes - compõem um relato coletivo através do Whatsapp sobre como é ser uma mulher negra no Brasil hoje. Essa conversa é convertida em um áudio e torna-se pública através de um QR-Code.

 

Websérie Calçado de Monstro EP05

Estileras

Parte do "setor" de calçados das Estileras, a Websérie Calçado de Monstro é uma experimentação audiovisual transmitida ao vivo pela Internet, que registra o encontro de corpas dissidentes guiadas pela premissa de se construir livremente um calçado de monstro para si mesmas com pedaços e retalhos de sapatos, enquanto simultaneamente alimentam o perfil @calcadodemonstro no Instagram.

 

Travessias

Charlene Bicalho, Duan Kissonde e Felipe Merker Castellani

Travessias é uma performance audiovisual desenvolvida de forma coletiva e colaborativa por Charlene Bicalho, Duan Kissonde e Felipe Merker Castellani. O trabalho se constitui como uma narrativa audiovisual fragmentária, perpassada pela cosmovisão afrodiaspórica, pelas lutas de resistência nos grandes centros urbanos e pelos ecos de um passado colonial que insiste em se fazer presente no Brasil contemporâneo.

 

 

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Fernanda Oliveira

Instalação interativa, a experiência com a instalação pode acontecer a partir de três instâncias relacionais: através do gesto do sujeito por meio da câmera com os códigos QR presentes na imagem, ocorre interações, como por exemplo, a imagem indecifrável a olho humano se decifra pela mediação do aparelho que através da lente faz uma leitura de uma das imagens em código. A partir disso há o transporte do espectador a uma outra plataforma criando um link que deve ser acessado, para assim ter contato com as imagens dispostas no formato de GIFs animados através da tela do aparelho (celular ou tablet).

 

Sendo dado: 1º o vaso sanitário / 2º a parede branca 

Nicolau Centola

A instalação sonora “Sendo dado: 1º o vaso sanitário / 2º a parede branca” parte da referência à última obra de Marcel Duchamp para trabalhar as questões do erótico e do voyeurismo no espaço artístico. Formado por uma caixa sem qualquer tipo de identificação colocada em uma posição discreta em um banheiro, a obra difunde suavemente no ambiente uma montagem sonora de diferentes pessoas em relações sexuais.

 

Satélite 

Giulia Rizzato

Reprodução do registro da performance "Satélite", realizada em junho de 2019, em que a artista busca problematizar os mecanismos de autoverdade/pós-verdade. Na parede em que se encontra o aparelho para reprodução da performance (ipad) também serão colocados alguns prints de manchetes jornalísticas e comentários de redes sociais.

 

 

Fósseis Digitais 

Ana Elisa Carramaschi

Fósseis digitais traz o resultado de um processo que busca trazer pro mundo tridimensional formas advindas do acúmulo de centenas de imagens bidimensionais. Estas formas materializam uma realidade que habita o mundo virtual, produzindo uma visualização possível de como se dá, no mundo físico, o impacto de uma imensa proliferação de informações que existem no universo digital em que coexistimos, nas redes. A instalação sintetiza o desenvolvimento de um programa de criação que se utiliza da formação de um banco de dados para desenvolver esculturas que são auto-geradas como visualização de dados existentes em centenas de imagens de filmes de ficção científica, um processo extrai informações e gera modelações que são impressas em 3D.

 

Identidade Profissional

Maria Eunice Araújo

Trata-se de uma obra work in process em que a artista se apropria da imagem de várias funções profissionais, trabalhando durante 1 semana em cada um de diferentes ambientes corporativos, ramos e funções. Serão expostas as documentações através de fotos e de um contrato de trabalho assinado pela artista e pelos seus empregadores.

 

Circundante

Maria Angélica Trombini

O projeto expositivo Circundante é um dos experimentos feitos a partir da luz de leds ou laser. A obra é formada por um tríptico de três telas, que no conjunto possuem individualmente um complexo de ligações elétricas em seu corpo que projeta luz de um laser na superfície da tela. Nesta projeção forma figuras geométricas, pois lembra equações de segundo grau, na formação de sua simbologia.

 

Mais um pouquinho sobre o evento