Agenda/ Virginia de Medeiros na Exposição Baile Circular de 08/06 a 13/10 no MUNTREF – Buenos Aires

Virginia de Medeiros na Exposição Baile Circular de 08/06 a 13/10 no MUNTREF – Buenos Aires

Dia e horário: de 8 de junho até 13 de outubro de 2024

Local: MUNTREF – Museu de La Universidad Nacional de Tres De Febrero, Caseros, Provincia de Buenos Aires, Argentina

Exposição Baile Circular 

Artistas: Lygia Clark (BRA), Ana Gallardo (ARG), Carmen Rocher (ARG), Graziela Kunsch (BRA), Mariela Scafati  (ARG), Glicéria Tupinambá (BRA), Laura Huertas Millán  (COL), Virginia de Medeiros (BRA), Patricia Domínguez (CHL), Adriana Bravo (BOL) y Georgina Santos (MEX), Huis Kombuis Food and Memory (ZAF), Masi Mamani e Quillay Méndez (ARG).

Curadoria: Juliana Caffé e Juliana Gontijo

Mais informações: https://untref.edu.ar/muntref/es/muestras/baile-circular/

TEXTO CURATORIAL

De que forma o coletivo é capaz de reestruturar política e esteticamente os espaços sociais?

Esta seleção plural de artistas de diferentes regiões da América do Sul e da África do Sul procura revelar o poder dos coletivos na construção de novas formas de viver, face às sociedades cada vez mais afetadas pelo individualismo. Pensamos nesta exposição como um espaço de colaboração, celebração e resistência, em que as práticas artísticas funcionam como tecido social de imaginação poética e política convocando, como força motriz, o potencial de ação de diversas formas femininas.

O ciclo da vida nos atos de gestar, crescer e envelhecer é um eixo importante da exposição. Convidamos aqui o poder político do parto, a primeira infância como local central de aprendizagem e a transmutação do estigma do envelhecimento para as mulheres num gesto de autoafirmação.

Este ciclo é atravessado pelo reencontro das cosmologias femininas dos povos originários e dos costumes das comunidades tradicionais com as lutas do presente. Entre o sagrado e o profano, o ancestral afirma-se como território de liberdade e reconstrução de comunidades. Da mesma forma, as ideias de comunidade e alta tecnologia se expandem ao evocar a inter-relação multiespécie e propor o estabelecimento de uma ética de cuidado e convivência.

O corpo que dança também é uma barricada; um território corporificado itinerante que discute gênero, racialização, cura e cuidado. Assim, o pessoal é político, e as proibições à circulação desses órgãos ficam evidentes em vários dos trabalhos apresentados.

Cruzando todos os eixos da exposição, Baba Antropófaga – proposta histórica de Lygia Clark – relaciona o corpo coletivo e a psicologia íntima dos indivíduos. Seus fios conectam simbolicamente o espaço expositivo, composto por obras que convidam o público à ação e ao desenvolvimento coletivo de formas alternativas de viver.

Juliana Caffé e Juliana Gontijo / Curadoras.